Gestão & Produção
https://www.gestaoeproducao.com/article/doi/10.1590/0104-530x5088-19
Gestão & Produção
Artigo Original

Metamorphoses in Jaú’s women’s footwear product cluster: from dense to loose-knit network

Metamorfoses no arranjo produtivo local de calçados femininos de Jaú/SP: da rede densa para a rede frouxa

Celio Favoni; Luiz Fernando de Oriani e Paulillo; Mário Sacomano Neto

Downloads: 0
Views: 956

Abstract

Abstract This study analyzed the changes in the structure of the political network of the footwear Local Productive Cluster (LPC) of Jaú, São Paulo in the period from 1996 to 2016. Network theory was used as theoretical basis because it has gained space in organizational studies in the last decades, besides providing explanations for various phenomena, especially to the study of productive arrangements. The sample involved 90 actors divided into three periods: 1996-2001, 2002-2010 and 2011-2016. For construction of the networks, the software Ucinet and Gephi were used. In addition to a contextual analysis, the ARS metrics (centrality, density, geodesic distance and subgroups) made it possible to identify the interactions among the actors. The results identified structural changes in the network. The number of actors that increased from 29 in the first period to 70 actors in the second period (+141%) and reduced to 39 in the following period (-44%). As for density, it was identified a dense network in the period 1996/2001 and later a diffuse network and pulverized access of information and resources in the periods 2002/2010 and 2011/2016. The central actors were Sindicalçados, Sebrae and directors of the employers' union. The participation of Sebrae and other entities influenced the creation of bonds and provided economic gains to the companies of Jaú, especially in the period 2002/2009, since the entities and the partnerships signed, not only sought the articulation of the entrepreneurs, they often became the protagonists of the changes. However, the decrease in Sebrae's shares as of 2010, has potentiated the reduction of economic indicators such as the number of companies and jobs, when compared to other shoe producing regions in Brazil.

Keywords

Networks, Footwear, Centralities, Organization

Resumo

Resumo Este estudo analisou as mudanças na estrutura da rede política do APL calçadista de Jaú/SP no período de 1996 à 2016. Utilizou-se a teoria das redes como base teórica pois tem obtido espaço nos estudos organizacionais nas últimas décadas, além de fornecer explicações para vários fenômenos, em especial ao estudo de arranjos produtivos. A amostra envolveu 90 atores divididos em três períodos: 1996/2001, 2002/2010 e 2011/2016. Para construção das redes, utilizou-se os softwares Ucinet e Gephi. Além de uma análise contextual, as métricas de ARS (centralidade, densidade, distância geodésica e subgrupos), possibilitaram identificar as interações entre os atores. Os resultados indicaram mudanças estruturais na rede. O número de atores aumentou de 29 no primeiro período, para 70 atores no segundo período (+141%) e, reduziu para 39 no período seguinte (-44%). Quanto a densidade, identificou-se uma rede densa no período 1996/2001 e posteriormente uma rede difusa, com acesso pulverizado de informações e recursos, nos períodos 2002/2010 e 2011/2016. Os atores centrais foram o Sindicalçados, Sebrae e diretores do sindicato patronal. A participação do Sebrae e de outras entidades influenciaram na criação de laços e propiciou ganhos econômicos as empresas de Jaú, especialmente no período 2002/2009, pois as entidades e as parcerias firmadas, não buscaram somente a articulação dos empresários, muitas vezes se tornaram as protagonistas das mudanças. Entretanto, a redução das atividades do Sebrae, a partir de 2010, potencializou a redução de indicadores econômicos como número de empresas e empregos, quando comparados com outras regiões produtoras de calçados no Brasil.

Palavras-chave

Redes, Calçados, Centralidades, Organização

Referências

Relatório setorial: indústria de calçados. 2018.

Balland P.-A., Belso-Martínez J. A., Morrison A. The dynamics of technical and business knowledge networks in industrial clusters: embeddedness, status, or proximity?. Economic Geography. 2016;92(1):35-60.

Bastian M., Heymann S., Jacomy M. Gephi: an open source software for exploring and manipulating networks. 2009.

Belik W., Paulillo L. F., Vian C. E. F. A emergência dos conselho setoriais na agroindústria brasileira: gênese de uma governança mais ampla?. Revista de Economia e Sociologia Rural. 2012;5(1):9-32.

Borgatti S. P., Everett M. G., Freeman L. C. UCINET 6.0. Version 1.00. 2002.

Borgatti S. P., Everett M. G., Johnson J. Analyzing social network. 2013.

Borgatti S. P., Mehra A., Brass D. J., Labianca G. Network analysis in the social sciences. Science. 2009;323(5916):892-5.

Bouroullec M. D. M., Paulillo L. F. Hybrid governances complementary to contracts in international fair trade orange juice. Gestão & Produção. 2010;17(4):761-73.

Sebrae-SP aceita acordo e vai corrigir contratações irregulares. 2015.

Relação Anual de Informações Sociais (RAIS): estatísticas. 2018.

Burt R. S., Burzynska K. Chinese entrepreneurs, social networks, and Guanxi. Management and Organization Review. 2017;13(2):221-60.

Candido S. E. A., Sacomano No. M., Cortes M. R. Campos e redes na análise das organizações: explorando distinções teóricas e complementaridades metodológicas. Gestão & Sociedade. 2015;9(24):1073-97.

Carvalho M. S., Paulillo L. F. Evolução das relações contratuais na perspectiva dos citricultores:um estudo de múltiplos casos de contratos entre 1978/79 e 2011/12. Revista de Economia e Sociologia Rural. 2018;56(1):51-68.

Chang K. Close but not committed? The multiple dimensions of relational embeddedness. Social Science Research. 2011;40(4):1214-35.

Cruz V. J. S., Paulillo L. F. Hybrid governance complementary to contract manufacturing: a study case. Gestão & Produção. 2016;23(4):842-52.

De Marchi V., Grandinetti R. Industrial districts and the collapse of the Marshallian model: looking at the Italian experience. Competition & Change. 2014;18(1):70-87.

Deephouse D. L., Suchman M. Legitimacy in organizational institutionalism. The SAGE handbook of organizational institutionalism. 2008:49-77.

Digalwar A. K., Sangwan K. S. Development and validation of performance measures for world class manufacturing practices in India. Journal of Advanced Manufacturing Systems. 2007;6(1):21-38.

Dowding K. Model or metaphor? A critical review of the policy network approach. Political Studies, Oxford. 1995;43(1):136-58.

Fuini L. L. Território e desenvolvimento em Jaú - São Paulo: arranjo produtivo local, atores e governança. 2013.

SEADE. 2018.

Gereffi G., Memedovic O. The global apparel value chain: what prospects for upgrading by development countries?. 2003.

Granovetter M. Ação econômica e estrutura social: o problema da imersão. RAE-Eletrônica. 2007;6(1):9.

Guidolin S. M., Costa A. C. R., Rocha E. R. P. Indústria calçadista e estratégias de fortalecimento da competitividade. BNDES Setorial. 2010:147-84.

Hanneman R. A., Riddle M. Introduction to social network methods. 2005.

Hatani F., McGaughey S. L. Network cohesion in global expansion: an evolutionary view. Journal of World Business. 2013;48(4):455-65.

Cidades: Jaú. 2018.

Kadushin C. Understanding social networks: theories, concepts, and findings. 2012.

Konzelmann S., Wilkinson F., Fovargue-Davies M. Britain’s Industrial Evolution: From Industrial Districts to Large Scale Production and Back Again. 2016.

Lopes M. B., Silva A. L., Paulillo L. F. Características das transações do etanol carburante entre distribuidoras e revendedores. Gestão & Produção. 2011;18(2):325-36.

Lund-Thomsen P., Pillay R. G. CSR in industrial clusters: an overview of the literature. Corporate Governance. 2012;12(4):568-78.

Malagolli G. A., Paulillo L. F. O. Mobilização política e rede de interesses na produção calçadista de Jaú. Gestão & Produção. 2013;20(4):927-38.

Mello F. O. T., Paulillo L. F. Análise do alinhamento entre os atributos das transações e as formas de governanças empregadas na citricultura. Gestão & Produção. 2009;16(4):679-90.

Mello F. O., Paulillo L. F. O. Formas plurais de governança no sistema agroindustrial citrícola paulista. Revista de Economia e Sociologia Rural. 2010;48(1):139-59.

Mizruchi M. S. Análise de redes sociais: avanços recentes e controvérsias atuais. RAE. 2006;46(3):72-86.

Opsahl T., Agneessens F., Skvoretz J. Node centrality in weighted networks: generalizing degree and shortest paths. Social Networks. 2010;32(3):245-51.

Ottati G. D. Marshallian Industrial Districts in Italy: the end of a model or adaptation to the global economy?. Cambridge Journal of Economics. 2017;2018(42):259-84.

Owen-Smith J., Powell W. W. Networks and institutions. The SAGE handbook of organizational institutionalism. 2008:596-623.

Paulillo L. F., Sacomano No. M., Garcia L. M. Governança de redes: economia, política e sociedade. 2016.

Rivera M. T., Soderstrom S. B., Uzzi B. Dynamics of dyads in social networks: assortative, relational, and proximity mechanisms. Annual Review of Sociology. 2010;36(1):91-115.

Robins G. Doing social network research: network-based research for social scientists. 2015.

Sacomano No M., Paulillo L. F. O. Estruturas de governança em arranjos produtivos locais: um estudo comparativo nos arranjos calçadistas e sucroalcooleiro no estado de São Paulo. Revista de Administração Pública. 2012;46(4):1131-55.

Sacomano No M., Truzzi O. M. S., Kirschbaum C. Isomorfismo e controle institucional em uma planta modular da indústria automobilística. Revista Brasileira de Gestão de Negócios. 2013;15(49):524-44.

Sacomano No. M., Matui P. C., Candido S. E. A., Amaral R. M. Estrutura relacional da indústria automobilística mundial: grupos, redes e campos. Revista Brasileira de Gestão de Negócios. 2016;18(62):505-24.

Sampaio R. B., Sacerdote H., Fonseca B. P. F., Fernandes J. H. A colaboração científica na pesquisa sobre coautoria: um método baseado na análise de redes. Revista Perspectivas em Ciência da Informação. 2015;20(4):79-92.

Shu R., Ren S., Zheng Y. Building networks into discovery: the link between entrepreneur network capability and entrepreneurial opportunity discovery. Journal of Business Research. 2018;85:197-208.

Silva G., Heber F. Ecologia organizacional e teoria de redes: uma análise contemporânea da formação de APLS. Gestão & Regionalidade. 2014;30(88):34-48.

Quem somos. 2018.

Soares S. S. S., Paulillo L. F., Candolo C. Opportunistic behavior and sdtability in automotive fuel negotiations in the state of Sao Paulo. Journal of Economic Issues. 2013;47(4):983-1002.

Truzzi O. M. S., Sacomano No M. Economia e empreendedorismo étnico: balanço histórico da experiência paulista. RAE. 2007;47(2):1-12.

Uzzi B. The sources and consequences of embeddness for the economic performance of organizations: the network effect. American Sociological Review. 1996;61(4):674-98.

Wang L., Li J., Huang S. The asymmetric effects of local and global network ties on firms’ innovation performance. Journal of Business and Industrial Marketing. 2018;33(3):377-89.

Wasserman S., Faust K. Social network analysis. 1994.

Weber M. Economia e sociedade. 2012.

Yang C., Fu T., Li L. Emerging adaptation of local clusters in China in a shifting global economy: evidence from the furniture cluster in Houjie Town, Dongguan. Growth and Change. 2017;48(2):214-32.

5dde7f350e88257d757b23c6 gp Articles
Links & Downloads

Gest. Prod.

Share this page
Page Sections