Gestão & Produção
https://www.gestaoeproducao.com/article/doi/10.1590/0104-530x-2579-19
Gestão & Produção
Artigo Original

Arranjos produtivos locais: uma análise baseada na participação das organizações locais para o desenvolvimento

Local productive arrangements: an analysis based on the participation of local organizations for development

Catarine Palmieri Pitangui Tizziotti; Oswaldo Mário Serra Truzzi; Agnaldo de Sousa Barbosa

Downloads: 0
Views: 839

Resumo

Resumo A abordagem do novo institucionalismo sociológico destaca a importância da cultura, dos mitos e das cerimônias no ambiente institucional, bem como argumenta que as instituições influenciam não apenas as estratégias dos indivíduos, mas também suas identidades. Essa abordagem é utilizada neste estudo para entender por que o arranjo produtivo local (APL) de calçados das organizações de Franca, São Paulo, adota e difunde certas práticas que trazem como consequência a fragilidade nas relações organizacionais desse arranjo. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo por meio de entrevistas semiestruturadas com empresas, associações profissionais e representantes do governo local do APL de calçados de Franca.

Palavras-chave

Ambiente Institucional, Produção local, Indústria de calçados, Franca-SP

Abstract

Abstract The approach of the New Sociological Institutionalism emphasizes the importance of culture, myths, and ceremonies in the institutional environment, and argues that institutions influence not only in the strategies of individuals but also in their identities. This approach is used in this study to understand why footwear’s local productive arrangement (LPA) in Franca organizations adopt and diffuse certain practices that bring, as a consequence of the defect in organizational relationships of this arrangement. For this, field research was conducted through semi-structured interviews with companies, professional associations and representatives of local government in footwear’s LPA in Franca.

Keywords

Institutional environment, Local production, Footwear industry, Franca-SP

Referências

Amorim M., Moreira M., Ipiranga A. A construção de uma metodologia de atuação nos Arranjos Produtivos Locais (APLs) no estado do Ceará: um enfoque na formação e fortalecimento do capital social e da governança. Revista Internacional de Desenvolvimento Local. 2004;6(9):2004.

Andrade J. A., Mesquita Z. A certificação de produtos orgânicos e seu processo de institucionalização no Brasil. 2003.

Apolinário V., Silva M. L. Políticas para arranjos produtivos locais: análise em estados do Nordeste e Amazônia Legal. 2010.

Axelrod R. The evolution of cooperation. 1984.

Barbosa A. S. Empresariado fabril e desenvolvimento econômico: empreendedores, ideologia e capital na indústria do calçado: (Franca, 1920-1990). 2006.

Barbosa A. S. Depoimento [dez. 2012]. 2012.

Bourdieu P. Le sens pratique. 1980.

Brito J. Cooperação interindustrial e redes de empresas. Economia industrial. 2002.

Caldas M. P., Vasconcelos F. C. Ceremonial behavior in organizational intervention: the case of ISO 9000 diffusion in Brazil. 2002.

Carvalho C. A., Goulart S. Formalismo no processo de institucionalização das bibliotecas universitárias. Revista de Administração Pública. 2003;37(4):921-38.

Carvalho C. A., Vieira M. M. F. Contribuições da perspectiva institucional para a análise das organizações: possibilidades teóricas, empíricas e de aplicação. Organizações, cultura e desenvolvimento local: a agenda de pesquisa do Observatório da Realidade Organizacional. 2003.

Coleman J. S. Foundations of social theory. 1990.

Edições esparsas. 2012.

Articulación produtiva y desarrollo local. 2006.

DiMaggio P. J., Powell W. W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review. 1983;48(2):147-60.

Dini M., Ferraro C., Gasaly G. Pymes y articulación productiva: resultados y lecciones a partir de experiências em América Latina. 2007.

Garcez C., Kaplan E., Magalhães W., Lemos C., Lastres H. M. M. Análise de políticas para arranjos produtivos locais no Brasil: uma introdução. Políticas para arranjos produtivos locais: análise em estados do Nordeste e Amazônia Legal. 2010.

Gibbons R. Trust in social structures: hobbes and coase meets repeated games. Trust in society. 2001.

Gil A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2008.

Grandori A., Soda G. Inter-firm network: antecedents, mechanisms and forms. Organization Studies. 1995;16(2):183-214.

Hall P., Taylor R. A political science and the three new institutionalisms. Political Studies. 1996;44(5):936-57.

Hall R. H. Organizations: structures, process and out-comes. 1991.

PIB dos municípios: 2004. 2008.

Jacometti M., Castro M., Gonçalves S. A., Costa M. C. Análise de efetividade das políticas públicas de Arranjo Produtivo Local para o desenvolvimento local a partir da teoria institucional. Revista de Administração Pública. 2016;50(3):425-54.

Lastres H. M. M., Cassiolato J. E. Políticas para a promoção de arranjos produtivos e inovativos locais de micro e pequenas empresas: vantagens e restrições do conceito e equívocos usuais. 2004.

Lastres H. M. M., Cassiolato J. E. Innovation systems and local productive arrangements: new strategies to promote the generation, acquisition and diffusion of knowledge. Innovation. 2005;7(2):172-87.

Lastres H. M. M., Cassiolato J. E. Políticas para arranjos produtivos locais no Brasil. Política de gestão pública integrada. 2008.

Locke R. Construindo confiança. Econômica.. 2001;3(2):253-81.

Machado-da-Silva C. L., Fonseca V. S. Competitividade organizacional: uma tentativa de reconstrução analítica. Organizações & Sociedade. 1996;4(7):97-114.

Marini M. J., Silva C. L., Nascimento D. E. Políticas públicas e Arranjos Produtivos Locais: uma análise baseada na participação das esferas públicas. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional.. 2016;12(1):311-30.

Martinelli D., Curci M. E. Estudo sobre e vida e morte de microempresas em Franca. Revista FACEF Pesquisa. 2001;4(2):31-64.

Mello F. O. T., Paulillo L. F. Recursos de poder e capacidade dinâmica de aprendizado dos atores sucroalcooleiros paulistas pós-desregulamentação estatal. Informações Econômicas. 2005;35(6):17-29.

Meyer J. W., Rowan B. Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology. 1977;83(2):340-63.

Misoczky M. C. Poder e institucionalismo: uma reflexão crítica sobre as possibilidades de interação paradigmática.. Organizações, instituições e poder no Brasil. 2003:141-76.

Pacheco F. L. O ambiente institucional como agente de mudança organizacional: o caso do Teatro Apolo-Hermilo. 2001.

Pietrobeli C., Rabellotti R. Mejora de la competitividad en clusters y cadenas productivas en América Latina. 2005.

Pitangui C. P. A gestão de Recursos Humanos no setor calçadista: o caso de Franca-SP. 2008.

Powell W. Neither market nor hierarchy: network forms of organization. Research in Organizational Behavior. 1990;12:295-336.

Powell W. W., Smith-Dor L. Networks and economic life. The handbook of economic sociology. 1994:368-402.

Putnam R. D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. 1993.

Rocha J. D., Bursztyn M. Território, saberes locais e sustentabilidade: a busca do desenvolvimento via arranjos produtivos locais. 2006:1-16.

Rodrigues A. M. Cluster e competitividade: uma análise da concentração de micro e pequenas empresas de alimentos no município de Marília/SP. 2003.

Sacomano No. M. Governança e análise das redes. Tópicos emergentes em Engenharia de Produção II. 2003.

. 2012.

Schmitz H. Collective efficienct and increasing returns. 1997.

Schmitz H., Nadvi K. Clustering and industrialization: introduction. World Development. 1999;27(9):1503-14.

Scott W. R. Institutions and organizations. 1995.

SEBRAE. 2006.

Silva C. L., Farah Jr. M. F., Meza M. L. F. G., Muniz S. T. G., Oliveira A. G. Políticas de desenvolvimento e descentralização do Paraná: um estudo sobre APL Cal e Calcário da RMC. Informe Gepec. 2009;13(2):104-20.

Suzigan W., Furtado J., Garcia R., Sampaio S. Clusters ou sistemas locais de produção: mapeamento, tipologia e sugestões de políticas. Revista de Economia Política. 2004;24(4):543-62.

Suzigan W., Garcia R., Furtado J. Estruturas de governança em arranjos ou sistemas locais de produção. Gestão e Produção. 2007;14(2):425-39.

Teixeira F. Políticas públicas para o desenvolvimento regional e local: o que podemos aprender com os arranjos produtivos locais (APLs)?. Organizações & Sociedade. 2008;15(46):57-75.

Tosi P. G. Capitais no interior: Franca e a história da indústria coureiro-calçadista (1860-1945). 1998.

Vicari F. M. Uma proposta de roteiro para diagnóstico de clusters. 2009.

5def99270e8825203fb5f734 gp Articles
Links & Downloads

Gest. Prod.

Share this page
Page Sections