Gestão & Produção
https://www.gestaoeproducao.com/article/doi/10.1590/0104-530x1028-16
Gestão & Produção
Artigo Original

Relações verticais e horizontais no processo de inovação e aprendizagem interativa: estudo em um aglomerado produtivo

Vertical and horizontal relationships in the process of innovation and learning by interacting: study in an industry cluster

Leozenir Mendes Betim; Luis Mauricio Resende; Pedro Paulo de Andrade Junior; Joseane Pontes; Rodolfo Reinaldo Hermes Petter

Downloads: 0
Views: 1111

Abstract

Resumo Este estudo buscou analisar as relações verticais e horizontais e o impacto delas no processo de inovação e aprendizagem interativa, mediante um estudo de caso realizado em um aglomerado produtivo atuante no Brasil. Em termos de procedimento metodológico, foi realizada uma pesquisa de campo, contemplando um universo de 36 empresas que atuam no setor madeireiro. Os resultados da pesquisa ajudaram a identificar os fatores que limitam as empresas de um aglomerado a aderirem a relacionamentos de cooperação mais sólidos, capazes de incrementarem a competitividade. Constatou-se que no ambiente das empresas do aglomerado produtivo prevalecem os mecanismos do tipo learning by doing, obtidos pelas experiências acumuladas e habilidades adquiridas localmente, possibilitando a definição de adaptações e melhorias tecnológicas. Foi possível constatar a necessidade da construção de espaços que permitam a aprendizagem interativa no ambiente interno das empresas, com o desenvolvimento de novas habilidades e competências necessárias à inovação.

Keywords

Relações verticais e horizontais, Aprendizado interativo, Inovação em aglomerados produtivos

Resumo

Abstract This study sought to examine the vertical and horizontal relationships and the impact of these relationships on the process of innovation and learning by interacting, using a case study in an active industry cluster in Brazil. The methodology procedure was field research with a universe of 36 companies of the lumber industry. The research results helped identify the factors that prevent companies of a cluster from establishing more solid collaboration relationships capable of enhancing competitiveness. It was found that the prevailing mechanism in the business environment of the cluster was learning by doing, obtained from accumulated experiences and skills acquired locally, which allow the definition of adaptations and technological improvements. These findings reveal the need to create spaces inside the companies for learning by interacting and the development of new skills and competencies required for innovation.

Palavras-chave

Vertical and horizontal relationships, Interactive learning, Innovation in industry clusters

Referências

Amato No J. Gestão de sistemas locais de produção e inovação (clusters/ APLs): um modelo de referência.. 2009.

Audretsch D. B., Feldman M. P. Knowledge spillovers and the geography of innovation. Handbook of Urban and Regional Economics. 2004;4:2713-39.

Balbinot Z., Dias J. C., Borim-De-Souza R. Unique organizational competencies of brazilian technological innovation centers. Journal of Technology Management & Innovation. 2012;7(1):1-16.

Becattini G. The marshallian industrial district as socioeconomic notion.. Industrial districts and inter-firm co-operation in Italy.. 1990.

Bell M. Learning and the accumulation of industrial technological capacity in developing countries.. 1982.

Bell M., Pavitt K. Technological accumulation and industrial growth: contrast between developed and developing countries. Industrial and Corporate Change. 1993;2(2):157-210.

Belussi F. Industrial Districts/local production systems as hyper-networks: a neo-marshallian interpretative frame.. The changing firm contributions from the history of economic thought.. 2005.

Belussi F., Gotardi F. Evolutionary patterns of local industrial systems: towards a cognitive approach to the industrial district.. 2000.

Bengtsson M., Kock S. Coopetition-Quo Vadis? Past accomplishments and future challenges. Industrial Marketing Management. 2014;43(2):180-8.

Breschi S., Malerba F. The geography of innovation and economic clustering: some introductory notes. Industrial and Corporate Change. 2001;10(4):817-33.

Brown P., Mcnaughton R. B., Bell J. Marketing externalities in industrial clusters: a literature review and evidence from the Christchurch,New Zealand electronics cluster. Journal of International Entrepreneurship. 2010;8(2):168-81.

Campos R. R., Cário S. F., Nicolau J. A., Vargas G. Aprendizagem por interação: pequenas empresas em sistemas produtivos e inovativos locais. 2002.

Capó-Vicedo J. Análisis del ciclo de vida y las políticas de desarrollo de los clusters de empresas. Revista EURE. 2011;37(110):59-87.

Capó-Vicedo J., Expósito-Langa M., Masiá-Buades E. La importancia de los clusters para la competitividad de las PYME en una economía global. Revista EURE. 2007;33I(98):119-33.

Carpinetti L. C. R., Galdámez E. V. C., Gerolamo M. C. A measurement system for managing performance of industrial clusters: a conceptual model and research cases. International Journal of Productivity and Performance Management. 2008;57(5):405-19.

Carpinetti L. C. R., Gerolamo M. C., Galdámez E. V. C. Continuous innovation and performance management of SME clusters. Creativity and Innovation Management. 2007;16(4):376-85.

Casagrande Jr E. F. Inovação tecnológica e sustentabilidade: possíveis ferramentas para uma necessária inferface. Revista Educação e Tecnologia. 2004;8:97-109.

Casarotto Filho N., Pires L. H. Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para a conquista de competitividade global com base na experiência italiana.. 2001.

Casas R., Gortari R., Santos M. J. The building of knowledge spaces in Mexico: a regional approach to networking. Research Policy. 2000;29(2):225-41.

Cassiolato J. E., Lastres M. H. M. Sistemas de inovação e desenvolvimento: as implicações de política. São Paulo em Perspectiva. 2005;19(1):34-45.

Cassiolato J. E., Szapiro M. Aglomerações e sistemas produtivos e inovativos: em busca de uma caracterização voltada ao caso brasileiro.. Proposição de políticas para promoção de sistemas produtivos locais de micro, pequenas e médias empresas.. 2002.

Cassiolato J. E., Campos R. R., Stallivieri F. Processos de aprendizagem e inovação em setores tradicionais: os arranjos produtivos locais de confecções no Brasil. Revista Economia. 2007;7(3):477-502.

Dahlman C., Fonseca F. From technological dependence to technological development: the case of Usiminas steel plant in Brazil.. 1978.

Dahlman C., Westphal L. Technological effort in industrial development – na interpretative survey of recent research.. The economics of new technology in developing countries.. 1982.

Dahlman C., Ross-Larson B., Westphal L. E. Managing technological development: lessons from the newly industrializing countries. World Development. 1987;15(6):759-75.

Davenport S. Exploring the role of proximity in SME knowledge-acquisition. Research Policy. 2005;34(5):683-701.

Dosi G. Sources, procedures, and microeconomic effects of innovation. Journal of Economic Literature. 1988;26:1120-71.

Figueiredo P. N. Aprendizagem tecnológica e inovação industrial em economias emergentes: uma breve contribuição para o desenho e implementação de estudos empíricos e estratégias no Brasil. Revista Brasileira de Inovação. 2004;3(2):323-61.

Manual de Oslo: proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica.. 2004.

Frasman M. Learning and the capital goods sector under free trade: the case of Hong Kong. World Development. 1982;10(11):991-1014.

Freeman C. A. Hard landing for the ‘New Economy’? Information technology and the United States National System of Innovation.. Arranjos e sistemas produtivos locais e as novas políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico.. 2000.

Fu W., Diez J. R., Schiller D. Interactive learning, informal networks and innovation: evidence from electronics firm survey in the Pearl River Delta, China. Research Policy. 2013;42(3):635-46.

Garcia R., Madeira P. Uma avaliação da difusão de práticas de gestão da produção entre pequenas empresas em sistemas locais de produção. Produção. 2013;23(1):20-30.

Garcia R., Motta F., Amato No J. Uma análise das características da estrutura de governança em sistemas locais de produção e suas relações com a cadeia global. Gestão & Produção. 2004;11(13):343-54.

Giaretta E. The trust “builders” in the technology transfer relationships: an Italian science park experience. The Journal of Technology Transfer. 2014;39(5):675-87.

Hamel G. A. A era da revolução. Revista HSM Management. 2001;24(4):116-26.

Heikkilä A. M., Malmén Y., Nissilä M., Kortelainen H. Challenges in risk management in multi-company industrial parks. Safety Science. 2010;48(4):430-5.

Humphrey J., Schmitz H. Trust and interfirm relations in developing and transition economies. The Journal of Development Studies. 1998;34(4):32-61.

Identificação, caracterização, construção de tipologia e apoio na formulação de políticas para os Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Estado do Paraná: etapa 1- identificação, mapeamento e construção da tipologia das aglomerações produtivas.. 2005.

Identificação, mapeamento e caracterização estrutural de arranjos produtivos locais no Brasil. 2006.

Johnson B., Lundvall B. Promoting innovation systems as a response to the globalizing learning economy.. Arranjos e sistemas produtivos locais e as novas políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico.. 2000.

Kajikawa Y., Takeda Y., Sakata I., Matsushima K. Multiscale analysis of interfirm networks in regional clusters. Technovation. 2010;30(3):168-80.

Karaev A., Koh S. C. L., Szamosi L. T. The cluster approach and SME competitiveness: a review. Journal of Manufacturing Technology Management. 2007;18(7):818-35.

Katz J. Domestic technology generation in LDCs: a review of research findings.. 1980.

Katz J. I. Importación de tecnología, aprendizaje y industrialización dependiente.. 1976.

Kim H. D., Lee D. H., Choe H., Seo I. W. The evolution of cluster network structure and firm growth: a study of industrial software clusters. Scientometrics. 2014;99(1):77-95.

Lall S. Learning to industrialise: the acquisition of technological capability by India. 1987.

Lall S. Technological capabilities and industrialization. World Development. 1992;20(2):165-86.

Lam A. Tacit knowledge, organizational learning and societal institutions: an integrated framework. Organization Studies. 2000;21(3):487-513.

Lazerson M., Lorenzoni M. The firms that feed industrial districts: a return to the Italian source. Industrial and Corporate Change. 1999;8(2):235-66.

Lombardi M. The evolution of local production systems: the emergence of the “invisible mind” and the evolutionary pressures towards more visible “minds”. Research Policy. 2003;32(8):1443-62.

Lundvall B., Johnson B. Promoting innovation systems as a response to the globalising learning economy.. 2000.

Lundvall B., Johnson B., Andersen E. S., Dalum B. National systems of production, innovation and competence building. Research Policy. 2002;31(2):213-31.

Maehler A. E., Curado C. M. M., Pedrozo E. Á., Pires J. P. Knowledge transfer and innovation in brazilian multinational companies. Journal of Technology Management & Innovation. 2011;6(4):1-14.

Malmberg A., Maskell P. Localized learning revisited. Growth and Change. 2006;37(1):1-18.

Martin R., Sunley P. Deconstructing clusters: chaotic concept or policy panacea?. Journal of Economic Geography. 2003;3(1):5-35.

Maskell P. Toward a knowledge-based theory of the geographical cluster. Industrial and Corporate Change. 2001;10(4):921-43.

Mccormick D. African enterprise clusters and industrialization: theory and reality. World Development. 1999;27(9):1531-51.

Moeller K. Partner selection, partner behavior, and business network performance: an empirical study on German business networks. Journal of Accounting & Organizational Change. 2010;6(1):27-51.

Mytelka L. K., Farinelli F. Local clusters, innovation systems and sustained competitiveness.. Arranjos e sistemas produtivos locais e as novas políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico.. 2000.

Nelson R., Winter S. Search of useful theory of innovation. Research Policy. 1977;6(1):36-76.

Pesquisa industrial de inovação tecnológica.. 2011.

Porter M. Location, competition, and economic development: local clusters in a global economy. Economic Development Quarterly. 2000;14(1):15-34.

Porter M. E. Clusters and the new economics of competition. Harvard Business Review. 1998;76(6):77-90.

Porter M. E. Cluster e competitividade. Revista HSM Management. 1999;3(15):100-10.

Salom J., Albertos J. R. Redes institucionales y servicios a las empresas en el cluster cerámico de Castellón. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. 2006;10(213):58-79.

Schmitz H. Collective efficiency: growth path for small-scalle industry. The Journal of Development Studies. 1995;31(4):529-66.

Schmitz H., Nadvi K. Clustering and Industrialization: introduction. World Development. 1999;27(9):1503-14.

Scott-Kemmis D. Learning and the accumulation of technological capacity in Brazilian pulp and paper firms. 1988.

Silva C. E. L., Hewings G. J. D. A decisão sobre investimento em capital humano em um arranjo produtivo local (APL): uma abordagem teórica. Revista Brasileira de Economia. 2010;64(1):67-79.

Silva H. P. E., Silva C. L., Andreoli C. V., Ferigotti C. M. S. Social tecnology and development in telêmaco Borba/Brazil from de Social Network Analysis (SNA). Journal of Technology Management & Innovation. 2013;8(special):1-9.

Silva H. P., Silva C. L., Andreoli C. V. Atividade econômica de celulose e papel e desenvolvimento local: a história da Klabin e do município de Telêmaco Borba, PR. Interações. 2011;12(2):137-48.

Silva R. C., Stal E. Evolução dos processos de aprendizagem e das competências tecnológicas das áreas de gestão de projeto, operações e manutenção do Metrô de São Paulo de 1968 a 2010. Gestão & Produção. 2013;20(3):555-71.

Suzigan W., Furtado J., Garcia R., Sampaio S. Aglomerações industriais no estado de São Paulo. Economia Aplicada. 2001;5(4):695-717.

Takeda Y., Kajikawa Y., Sakata I., Matsushima K. An analysis of geographical agglomeration and modularized industrial networks in a regional cluster: a case study at Yamagata prefecture in Japan. Technovation. 2008;28(8):531-9.

Tálamo J. R., Carvalho M. M. Redes de cooperação com foco em inovação: um estudo exploratório. Gestão & Produção. 2010;17(4):747-60.

Tatsch A. L. A relevância do local: convergências e divergências entre as abordagens sobre aglomerações. Economia e Sociedade.. 2013;22(2):457-82.

Thompson E. R. Clustering of foreign direct investment and enhanced technology transfer: evidence from Hong Kong Garment Firms in China. World Development. 2002;30(5):873-89.

Vale G. M. V., Castro J. M. Clusters, arranjos produtivos locais, distritos industriais: reflexões sobre aglomerações produtivas. Análise Econômica. 2010;28(53):81-97.

Westphal L. E., Kim L., Dahlman C. J. Reflections of Korea’s acquisition of technological capability. 1984.

Zhi-Xin W., Cui L. Fostering and developing the industry cluster vigorously in China in order to improve the technology-innovative capability of enterprises. African Journal of Business Management. 2011;3(11):270-3.

5df253fe0e8825b032b5f733 gp Articles
Links & Downloads

Gest. Prod.

Share this page
Page Sections